Professores da UFMT e Convidados

Professores da UFMT e Convidados

 

Os estudos sobre transmídia, metadados, datificação e monitoramento das redes sociais, a discussão sobre comunicação provocada perlas redes sociais, a desinformação durante a pandemia da Covid-19, animes, pós-opera, musica minimalista, migração LBTIQ+, performance dos corpos, a voz na poesia e ensaio audiovisual científico foram alguns dos pontos abordados na disciplina “Estudos Interdisciplinares em Comunicação e Mediações Culturais: Tensões Contemporâneas”, do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ocorrida no período de 18 a 29 de outubro, no formato online.

O objetivo da disciplina, organizada pelo grupo de pesquisa Multimundos, foi apresentar produções de conhecimentos desenvolvidas por pesquisadores dos mais diversos matizes, dialogar sobre as tensões no atual cenário e problematizar temáticas da contemporaneidade. Os projetos de pesquisas do grupo versam sobre comunicação, poéticas e mediações culturais e estão envoltos das tensões contemporâneas. Durante as aulas, docentes e discentes puderam debater sobre como a comunicação, as poéticas e os processos culturais, sociais e políticos estabelecem as relações humanas entre os espaços e o tempo.

Um ponto de destaque nos seminários apresentados foi a questão da reestruturação e, ou mudança que a comunicação tem tido com o advento das redes sociais, o uso dos metadados e o que está por trás deles, tais como consumo e corpos monitorados. Nessa sociedade contemporânea que vivemos as formas de arte com as quais estávamos acostumados tem se modificado, numa lógica em que as formas são retas; é difícil encontrar curvas ou detalhes. Para se diminuir custos, muitas obras/espaços possuem lógica comum, sem uma diferença marcante entre elas. O que diferencia muito dos tempos passados, quando as obras de arquitetura ou de arte levavam dias, meses e até anos para serem concluídas (como por exemplo, as obras dos períodos renascentista, barroco, gótico, entre outros). Com o modelo atual, tudo é manufaturado, até para ser descartável.

A música segue nessa linha minimalista com sons de repetição, uso frequente da tecnologia e robôs. Nesse cenário, em que a comunicação está cada vez intensa e mais rápida, tem tido um retrocesso o ato de ouvir o outro, falta empatia, impera o desejo de ouvir a si mesmo, ou quem compartilha do mesmo modo de pensar. Seguindo o pensamento de Ciro Marcondes Filho, autor da teoria do contínuo atmosférico midiático, as bolhas não permitem espaço para o contraditório.

A disciplina contou com a participação dos seguintes professores convidados: Filipa Subtil, da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal,; Juliano de Oliveira, da Escola de Comunicação e Artes da USP; Hadriel Geovani da Silva Theodoro, doutor em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Markentig; Antonio Iraildo Alves de Brito, da Faculdade de Comunicação de São Paulo – FAPCOM; Gil Baptista Ferreira, do Instituto Politécnico de Coimbra, Portugal; Jolena Novak, da Universidade Nova Lisboa, de Portugal; João Massarolo, da Universidade Federal de São Carlos; Caterina Cucinotta, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Da UFMT participaram os seguintes professores: Benedito Dielcio Moreira, Cristóvão de Almeida, Aclyse de Mattos, Rita Domingues, Pedro Pinto de Oliveira e Jacqueline Nunes Brunet.

Foram 64 horas intensas de muito diálogo, provocações e problematizações sobre as tensões contemporâneas. A materialização de todo o conteúdo debatido nas duas semanas em que as aulas ocorreram será a produção de um livro a ser publicado no primeiro semestre de 2022.

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